domingo, 17 de outubro de 2010

DIA 1 - VENEZA

ITÁLIA
1º dia

Milão-Veneza

Quando parti em direção a Itália há três semanas atrás tinha uma ideia pré-concebida; na verdade, quase um ideal do que seria a Itália, conhecida pela sua gastronomia e os “italianOs charmosos”. Imaginava um país bonito, de pessoas alegres e comunicativas. Meio explosivas, talvez, mas realmente não estava preparada para o que eu encontrei. Mas antes de começar o relato, quero deixar claro que apesar da minha leve decepção a Italia continua sendo um país digno de ser visitado.

Mas bom, o meu primeiro susto foi quando pisei no aeroporto de Malpensa, Milão. Nosso voo chegou no Terminal 2 às 23h e qual não foi a minha surpresa em constatar que aquilo mais parecia a estação rodoviária de alguma cidadezinha do interior! O primeiro contato com um italiano ocorreu quando fomos perguntar para o motorista de um onibus que fazia ligação com a estação de trem – Milano Centrale – a que horas partia o primeiro onibus da manhã. Perguntamos em inglês, já que foi difícil pensar em italiano e obtivemos uma resposta em italiano puro, totalmente desprovida de alguma compreensão para o fato de não sermos de lá e não sermos obrigados a entender uma palavra. Mas claro, até que a gente entendeu, afinal italiano não é assim uma língua tão distante do português, mas fiquei levemente revoltada com a atitude grossa do senhor – sim, ele foi grosso, não por falar em italiano (está no direito dele né, afinal estávamos em Itália) mas sim por não mostrar preocupação se entendíamos ou não. Só quando eu arrisquei poucas palavras de italiano é que ele pareceu amolecer um pouco e explicou melhor e mais calmamente. Esse foi só o primeiro de muitos contatos do género, o que deu pra concluir que italianos não sabem poha nenhuma de inglês, então quem for viajar para lá esteja preparado com um vocabulário básico de italiano – eu tive extrema preguiça de treinar antes de ir, admito, e como não tenho problemas com o inglês me era mais fácil usar essa língua mundial.

Pegamos então um onibus em direção ao Terminal 1, aonde pretendíamos pernoitar – eram meia noite entretanto – até as 5:40 da manha, hora da saída do primeiro onibus que ia em direção a Milano Centrale. 10 minutos depois (!) chegamos no Terminal 1 que estava em obras – outra coisa que encontramos muito ao longo da nossa jornada: obras. A primeira vista parecia completamente deserto, ao ponto de dar um certo medo. Depois de alguns corredores e escadas paramos no piso das partidas, encontrando outras pessoas – uma meia dúzia talvez – que tal como nós ficaram ali a noite toda. Nos bancos duros, tentamos passar o tempo conversando e ate arriscando dormir um pouco – esta ultima tentativa não deu certo. Ao lado, um casal de velhinhos conseguiu manter conversa durante 5h seguidas! Até nós nos distraímos um pouco e acabamos por perder o primeiro onibus da manhã, tendo que esperar mais 20 minutos pelo próximo. Quase 2h depois e finalmente na estação central de Milão que, nota aqui, é lindíssima (se tiverem tempo, algo que eu não tive, não deixem de parar e tirar umas fotos!) , corremos para comprar nosso pass do Interrail e corremos ainda mais para pegar o trem em direção a Veneza. A viagem de trem me pareceu uma tortura, pois a exaustão me deixou levemente mais ansiosa do que o costume pra chegar a cidade pretendida.

Felizmente consegui dormitar ao longo da viagem e quando acordei já estávamos entrando em Veneza. Os arredores da cidade não é nada bonito, com fábricas e mais fabricas. É bem industrial. Mas basta chegar e sair da estação de trem para ver a bela e famosa Veneza, com seus canais azuis, gôndolas e vaporettos (são uma espécie de onibus marítimo, hehe). Paramos para tirar uma foto logo dali (abaixo) e logo depois seguimos pela esquerda. A minha sorte é que o meu companheiro de viagem é praticamente um GPS humano e apos 10/15 minutos entre pequenas ruelas apinhadas de gente, barraquinhas e etc chegamos ao Hostel Venice Fish.


 Por fora é bem bonitinho, apesar de bem antigo (foi construído no século XVI) e logo antes de entrarmos – ao passar a pequena ponte do canal - fomos surpreendidos por um inusitado aviso apontando para uma campainha no mínimo original:


A risada serviu para dissipar a minha preocupação ao abrir a porta e me deparar com um cenário um tanto degradado. Porém, logo ao subir das escadas, o salão de teto antigo e candelabro visivelmente de outros tempos tranquilizou-nos. O atendimento foi otimo, com caras jovens, educadas e sorridentes falando num inglês perfeito. Após o check-in foi-nos pedido gentilmente se seria possível deixarmos o Hostel já que eles “fecham” o dito cujo das 10h as 12h para limpeza. Tudo o que queríamos era um bom banho mas acatamos ao pedido e, curiosos, fomos explorar a cidade caminhando em direção a Piazza di San Marco. Todos os que já estiveram em Veneza ou aqueles que ainda irão constatam facilmente que em todas as paredes existe uma plaquinha apontando para San Marco. Ali é o centro da cidade, uma praça larga e movimentada, cheia de cafés e músicos. Monumentos como o Palacio di Doges (onde Casanova esteve preso, por exemplo) , a Torre do Relogio e o Campanilo ficam ali. Para quem estiver disposto a gastar alguns euros em visitar estes locais penso que deve valer a pena. Nós não nos atrevemos, embora a vontade fosse alguma em subir no Campanilo para usufruir da bela vista, mas 8 euros nos pareceu um roubo.


Piazza San Marco

Caminhamos e tiramos algumas fotos. Fomos por ruelas, parando em uma lojinha ou outra, passando pela Ponte Di Rialto – a vista é linda! -, esbarrando entre guarda-chuvas (uma chuvinha maledeta caia nesse dia) e parando hora ou outra para descansar. Com o frio que fazia nesse dia foi pouca a vontade de comer o famoso Gelato italiano, por isso as mil e uma Gelatarias não me atraíram tanto (pelo menos nesse dia…me rendi nos outros, hehe). Lá pelas 17h resolvemos voltar ao Hostel e tomar nosso merecido banho. As 19:30h, e para felicidade geral, foi servido um jantar, uma pasta com molho bolonhesa. Yammy!! Já aí foi hora de fazer amizades e juntar um grupinho (de brasileiros) para sair. As 21h caminhamos em direção a um pub ali perto onde sentamos e conversamos, trocando experiencias e falando sobre os próximos destinos.


Ponte di Rialto

Pelas 23h nos juntamos a outro grupo do Hostel em um outro pub. Ganhamos vinho de graça e ate eu arrisquei uns golinhos, embora não aprecie. O ambiente estava animado e quando saímos até um bar “roubamos”. Não interpretem mal, mas era simplesmente um pedaço de madeira aparentemente abandonado no meio da rua em que o dono do hostel resolveu “adotar”. Uma boa açao, han?

o "rapto" do bar

Mais conversa e risos e fomos coagidos a seguir um americano totalmente maluco pelas ruas de Veneza por mais de meia hora, o que rendeu bons diálogos como:

- America has great fashion designers! – amigo meu
- What? Fashion? Do I look fashion? In America we have shopping centers, Mc Donalds and that’s all!
*risadas*
- And coke, no? – meu amigo de novo, irónico
- Yes, and coke!

Ao chegar a bendita Piazza da Magdalena – achoq ue o nome era esse, já estava um tanto confusa! – foi a vez da policia aparecer para o que pareceu ser uma rusga por ladroes de pizza. Sim, isso mesmo! 2 policias se aproximaram de uma amiga minha que comia um pedaço de pizza e seguiu-se um dialogo inusitado:

- Onde vc comprou isso?
- Ali! – apontando para um pequeno estabelecimento
- Vc tem o recibo?
- Não, joguei fora o.o
- Quanto pagou?
- 2 euros!
- Ok.
-Quer um pedaço? – ta, aqui já tou inventando, ela não disse isso haha, mas na minha opinião deveria! Rs

E foram embora! Foi uma coisa muito estranha, mas notem: italianos são estranhos e meio maluquinhos também.

Resolvemos voltar para o Hostel pouco depois. Eu particularmente gostei bastante de andar pela cidade a noite mas foi com rpazer também que me joguei para a cama e dormi o sono dos justos depois de longas horas de viagem.

- - - * * * - - -

D.I.C.A.S:

. Se for a estação de Milano Centrale, não faça como eu! Vá com tempo e tire umas fotos lá dentro. A estação é uma mistura de arquitetura antiga com moderna, vale a pena nem que seja uma fotinha que te tirará 2 minutos (sim, eu nem dois minutos tive!)

. Se, por algum motivo, for pernoitar no aeroporto de Milão fique no Terminal 1, na zona das partidas e seja esperto e ache um dos cafés que tem um sofá e não como nós que só notamos isso quando fomos embora e ficamos 6h numa cadeira dura!

. Ao reservar um hotel ou hostel em Veneza certifique-se que fica na ilha central e não nas “coadjuvantes”. Os vaporettos não são nada baratos (6.50 euros cada viagem) e perderá um tempo precioso tendo de viajar nos ditos cujos para chegar ao centro da cidade caso opte por uma das outras ilhas.

. Veneza é facilmente percorrida a pé. Aprecie a paisagem, as ruelas, os mercados. Compre um mapa e boa sorte!

. Sobre o hostel que ficamos: foi legal, apesar da estrutura estar meio acabadinha. No entanto a sala é bonita e eles dão jantar de graça (e é gostosinho!). Tem também cafe da manhã. O staff leva o povo a passear todas as noites (quem quiser ne) nos pubs e isso. O unico inconveniente é que não tinha um armario/cacifo para colocarmos nossas coisas diárias (mas se tiver algo de valor eles guardam pra você num armario lá) e só tinha dois banheiros, o que levava a uma fila consideravel pela manhã. E para quem gosta de sossego, não aconselho. As 10h da manhã vc tem sempre que sair do hotel e de tarde tem sempre musica tocando alta. Mas a noite as luzes e o silêncio é pedido apartir da 1h.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Bella Italia!

LA BELLA ITALIA

 
Caracoles, nem sei por onde começar! Só fazendo um resumão…pelo tempo de inatividade por aqui deu pra notar que não rolou a viagem a Paris já que tive que trabalhar nas duas semanas que era suposto ir. Entretanto, no entanto e OMG, tou indo pra ITÁLIA! Não quis escrever antes mas agora que estou com os bilhetes dos voos na mão posso declarar que sim, i´m going to Italy (quer dizer, se nada acontecer até final de Setembro *chutapedrinha*).

Porém a decisão de Itália demorou 3 semanas de muitos cliques pela net, opções, rejeições, rotas e mais rotas. Começou por ser organizado por mim e mais três amigos. O objetivo inicial seria ir de Lisboa a Roma de avião e de lá seguir de trem por algumas cidades mais famosas da Itália ate chegar em Veneza e pegar outro trem ate Praga, depois para Berlim e terminar em Amsterdam. Porem os 10 dias nos pareceu pouco para fazer tudo isso e mudamos a rota decidindo ir de Lisboa a Barcelona e de la seguir de trem pelos Pirenéus ate Itália. Poréeem…Barcelona é uma cidade que merece, pelo menos, 3 dias de visita, bem como Itália merece atenção ( e né, haja $$$).

Então como não podíamos acrescentar mais dias a trip, ficou combinado comprarmos simplesmente o pass interrail um país – Italia – e dedicarmos a conhecer Veneza, Pisa, Roma, Pompeia, Nápoles, Volterra, etc. Eu admito que eu quase estou mais entusiasmada com o fato de andar pela bela região da Toscana e suas cidades medievais do que com Veneza e Roma! Enfim, passagens na mão, cartão de alberguista no bolso, cartão de saúde europeu saindo daqui a duas semanas…agora é decidir que mala/mochila levar e o que levar e voilá! Let´s do it!


Ps: meninas do L.I.M.B.O, prometo tirar mil fotografias para vocês escolherem os lugares mais cools de Voletrra haha!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Me falta tempo bro! ($$$)


Me falta tempo bro! ($$$)

Não é de hoje que eu acho que oportunidades surgem quando eu não tenho tempo ($$). Este ano tem-se provado que a lei de Murphy realmente funciona nesse sentido e antes de contar o sucedido nesta semana farei um flashback.

2 meses atrás…

Para dar uma introdução ao que vem a seguir, desde os 13 anos – quando corria pela escola gritando que a múmia gostosa (?) do Imothep vinha atrás de mim (é, sanidade mental não pode ser o forte de todos) – que tenho uma grande vontade de passear feliz e saltitante feito uma cabrita no pasto num filme estilo Noviça Rebelde, pelas areias do deserto no Egito. Ignorando o fato de que o Cairo, por exemplo, deve ser uma confusão e poluição que só, e concentrando nas pirâmides e hotéis de 5 estrelas + passeios no Nilo e outros monumentos famosos, eu ainda digo, de cabeça erguida, que eu ainda vou lá, com ou sem bombas!

Portanto foi uma surpresa quando a Mila me falou do nada no msn algo como:

- Suh, vamos pró Egito!
- Opa, quando? – eu, toda animada, pensando num panejamento para daqui um ano ou mais
- Tava pensando em ir dia 26, quando tenho férias.
- Dia 26 do quê?
- Deste mês.

Momento de silêncio em que eu fiquei pensando de Milazinha tinha levado com um pedregulho na cabeça e me imaginei dizendo um “é dado, eu quero!”, rs. Mas a humanidade ainda não chegou a esses parâmetros de perfeição e é claro que a poupança não chega a tanto no meu caso. Mas, ficou a vontade né? Se bem que eu fiquei com medo, saca, eu e Mila sozinhas no Egito? Eu sei que eles nem gostam de magrelas como eu but…medão né? Sei lá, eu fui pra Oxford e choveu árabe no meu pé, além de ter ganhado trauma consecutivos com egípcios na internet (quem estava na famosa conferencia do doido varrido sobre o material? Cof), imagina no Egito. NOT.

Fim do flashback.

Certo, após isso ainda houve conversas como Tour Europa 2012 e afins. Então nesta semana uma abençoada amiga minha chegou perto de mim e disse:

- Eu tenho família em Paris que irei visitar daqui a duas semanas. Tava pensando se você não quer ir comigo…estadia e comida paga hein!

Meus olhos fizeram assim O.O

Oh yeah! – pensei.

Mas é claro que a lei de Murphy continua. Primeiramente descobri que esqueci a senha do meu cartão de débito. O cartão de crédito foi utilizado por alguém nos EUA (o.o) e portanto está sobre investigação e inutilizável. Resta apelar para o meu pai u.u

Mas entretanto outra amiga chegou e falou “Vamos pra NY!”. Eu só fiz um -.- perguntando um básico “qual o plano para assaltar o banco?”. Porque né…

E ainda tem os planos de Itália para Julho e Barcelona em Setembro. Devo me descabelar? Rodar bolsinha na esquina? Começar a jogar poker profissional? i.i

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dreaming Spires






















OXFORD, the city of
Dreaming Spires


Olhando para este blog percebi que tem uma pequena falha. Como assim minha experiencia na Inglaterra não está aqui relatada? Pois é, erro cronológico. É o que acontece quando você resolve fazer um blog só depois de várias viagens, mas seguindo a mesma frase utilizada quando do texto do maquinaria – mais vale tarde do que nunca.

Bom, eu acho que a minha coisa com a Inglaterra começou muito tempo atrás, com Harry Potter. Eu sei, básico, mas é verdade. Todos aqueles cenários com nevoeiro e construções antigas despertaram a minha curiosidade tanto para a história inglesa como para com o seu idioma e sotaque. Não é estranho então concluir o porquê de minha escolha quando, aos 16 anos, encontrei uma revista da EF – Education First – na biblioteca do colegial. Como a matemática nunca foi meu ponto forte e já estava dando em louca vendo tantos números na minha frente, voltei minha atenção para a revista amarela e azul na estante ao lado e minutos depois queria correr para casa disposta a implorar para fazer um curso de inglês no estrangeiro. Meus pais – pensando que aquilo seria uma coisa de momento – falaram que “tudo bem, quando você completar seu curso universitário” – Quê? Pois é, foram anos de espera mas finalmente conclui o curso académico e aos 22 anos estava pronta para embarcar, sem medo algum, em direção a Inglaterra, Oxford, a cidade dos “Dreaming Spires". Porque Oxford? Por ser uma chamorsa cidade pequena, repleta de estudantes de todos os cantos do mundo, e cheia de história e monumentos fabulosos – e, alow, HP foi filmado la.

Quando cheguei, numa agradável tarde de sol em finais de Maio de 2009, logo me apaixonei. As ruas com seus edifícios de séculos passados e tão bem preservados me fizeram viajar mentalmente no tempo. Curiosa, fui visitando os colégios da Universidade de Oxford e cheguei a fazer amizade com um dos estudantes que permitiu a minha entrada nas grandes bibliotecas e jardins privados. As bibliotecas tinham aquelas grandes prateleiras em madeira grossa que se vêm nos filmes, com livros mega antigos de capa dura e paginas amareladas. Os jardins eram magníficos, super bem cuidados, e como era quase verão as árvores estavam cheias de vida e por todo lado havia flores coloridas. A cidade de Oxford é dividida por um rio onde barquinhos do estilo de Veneza passeiam por ele. É obvio que eu não poderia ter ficado indiferente e com um grupo de amigas lá fui eu, duas delas arriscando ficar em pé e espetar aquela coisa no fundo do rio – ok, isto soou estranho, rs. O nome certo é “punting on the river”.


As poucas semanas que tinha disponíveis passaram num piscar de olhos. Eu já me sentia em casa, tanto para com a cidade, quanto na escola e na minha família anfitriã. Está ultima era constituída por um simpático casal de ingleses que possuíam uma casa grande e bem cuidada nas redondezas de Oxford, e seus três filhos, todos eles muito simpáticos também. Eu dividia o quarto com uma garota do Equador e algumas vezes saímos juntas para os pubs típicos ingleses. Por duas vezes cheguei ir a Londres, visitando o London Eye, o museu de cera, os famosos parques (Hyde Park e St James Park), o palácio de Buckingham (ate o desfile dos soldados da rainha tive a sorte de ver), a Torre de Londres (sem duvida o local que eu mais gostei), a ponte de Londres, as agitadas ruas de Picadilly Circus, Oxford Street e muito mais.

Tive também a oportunidade de ir com a EF visitar a histórica cidade de Bath com seus edifícios ao estilo da era romana, e as famosas pedras de Stonehenge. Cheguei também a ir a Cornwall, na pequena vila de Tintagel, onde se localiza o castelo onde supostamente o rei Arthur nasceu. Acho que esse é um dos meus lugares preferidos, ate agora, na Inglaterra. Portanto foram muitos lugares visitados e muitas as diversões – incluindo Thorpe Park com suas muitas montanhas russas radicais. Fiz amigos de vários cantos do mundo, me afeiçoando em particular a uma garota de Israel e outra da Arábia saudita. Teve uma menina de Barcelona que, inclusive, irei ver agora em Abril, quase uma no depois J Uma do Brasil também está na minha lista de visitas, quem sabe no ano que vem? (né donaaa Gabi?? Ofereceu eu vou! *cara de pau mode on*)…e hãn, cadê o Hermes Augusto? Lol.

As aulas também eram divertidas, repletas de debates. A cada semana eu mudava as disciplinas só para ter o gostinho de experimentar tudo o que eles ofereciam. Fiz matérias como vocabulário, literatura, comunicação, inglês de negócios … Todos os dias eu ficava feliz em ir para a escola e nem mesmo o fato de ter que apanhar dois onibus e gastar logo de manha uns 40 minutos ate chegar lá me fazia desanimar (alias, quem liga? A vista era bonita pow). E a volta para casa era igualmente reconfortante, pois, como já disse acima, a família era muito agradável e simpática para comigo e a casa era otima também. É claro que havia diferenças para com o meu país de origem. Nunca imaginaria jantar as 5.30 da tarde em Portugal (imaginem a minha cara de morta de fome estilo modelo de capa de revista da Vogue? Ainda bem que eles deixavam fazer um lanchinho fora de hora). Porem na Inglaterra é comum jantar-se cedo, entre essa hora e as 7h da tarde. Nada que depressa não estivesse adaptada.

Foi então com o coração apertado e desejando poder ficar muito mais que deixei Oxford numa tarde de chuva do dia 27 de Junho de 2009. O tempo que estive por lá foi pouco mas foi algo inesquecível e eu faria tudo de novo, sem duvida alguma. Agora penso na possibilidade de outro curso, com a mesma empresa – gostei da organização e otimo atendimento da EF, bem como seus preços em conta que incluem desde as aulas e suas diferentes matérias, a matérias realmente bom como livros e programa de estudo pela internet, ate acomodação em família anfitriã ou residência. Quem sabe num futuro próximo não estarei estudando em França ou Itália? Recomendo a todos que desejam se divertir ao mesmo tempo que estudam e conhecem uma nova cultura, um novo lugar e muitas pessoas, a viajarem com a EF. Let´s do it dudes!


Site: http://www.ef.com/






sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

É de carne! E...a menina que roubava chinelos



É de C-A-R-N-E

E


A menina que roubava chinelos.


Eu às vezes penso que estou falando chinês e tenho quase a certeza que o problema não é meu, tendo em conta que tenho testemunhas. Foi o caso de semana passada, numa praia em Ubatuba. É comum eu me dirigir à primeira barraquinha de pastel de vento e pedir um conhecido pastel de carne. Nunca na minha vida aconteceu o que irei contar agora. Estava tudo ótimo, minha boca estava em perfeita (!) condição, já recuperada da cirurgia que fiz para arrancar dois dentes do sizo inclusos, quando sou atendida por uma garoto com cara de peixe morto.

- Um pastel de carne por favor!

Beleza, relax. Perguntei quanto tempo iria durar e acho que quem trabalha na praia deve ficar com neurônios meio queimadinhos, torrados pelo sol ou assim, porque a resposta foi “não sei”!. Legal. Nem uma estimativa? Não. Ok, disse que iria voltar dentro em pouco.

10 minutos depois...

- E aí moço, meu pastel ta pronto?


5 minutos procurando pelo pastel. Mew, um pastel tem a capacidade de sumir? Nada do pastel. Vai ver foi andar de banana -.- OK, mais uma espera por um novo pastel, desta vez ali sentada pra não ser esquecida novamente. Mais 5 minutos e é me entregue um pastelzinho quentinho. Feliz, com o estomago colando nas costas, fui saindo já dando umas mordidinhas quando reparo que a carne é inexistente e no lugar disso está um queijo, e logo eu que odeio pastel de queijo. Com um revirar de olhos voltei para trás e, educadamente, expliquei o caso. O garoto continuou com a mesma cara de paspalho de sempre enquanto ia até a cozinha encomendar meu aclamado pastel de carne – que eu fiz questão de repetir duas vezes, com sotaque paulista da grande sp e outro com sotaque do interior, só pra garantir. Talvez devesse fazer o do rio de janeiro. Erro de calculo.

Mais 5 minutos e outro Pastel. Muito crente que o mesmo erro não poderia acontecer, fui tranqüila em direção à minha cadeira de praia quando minha amiga, sabiamente, me disse que era melhor experimentar. Santas palavras! Bastou uma mordida para notar que a carne não veio sozinha e o queijo ainda continuava fazendo parte do menu. E daí baixou o santo em mim. Voltei pra lá pisando duro, fiz um drama básico batendo com a mão no balcão – bem estilo velho oeste – e falei:

- Caraca mew, eu tou falando chinês? Qual foi a parte que você não entendeu do pastel de C-A-R-N-E. Cara, pensa, não é difícil! È SÓ carne, entendeu ou quer um desenho? – assim, grossa mesmo, porque logo que cheguei ali pela TERCEIRA vez ele se atreveu a me dar uma revirada de olhos. Desde quando funcionário pode revirar os olhos? Vai tomar...água de coco! Ah sim, agora ele estava assustado. O revirar de olhos foi tomado por um olhar esbugalhado e as outras pessoas tentaram me acalmar – Eu estou muito calma, só quero que essa pessoa me dê meu pastel de carne. Ta difícil?

Para eu parar de reclamar outro funcionário me deu o meu pastel de carne. Ah, valew! É claro que a idiotice do povo não poderia parar por aí e foi 2h depois dessa cena, quando passei para tomar um duche, que fui abordada novamente. Estava eu lá no meu duche quando falta a água e alguém grita: “Liga isso logo que é a menina do pastel!”. Ótimo, água de novo, só pra mim. Até aí tudo ótimo, eu sempre tive certeza que uma grosseria básica surtia efeitos positivos, mas não que atraía mongolóide. Foi então que um dos funcionários chegou perto e começou, descaradamente, dando em cima de mim. Um cara sem noção, baixinho e feio, da cor do carvão. Foi hora de falar um bom:

- Mew, se liga aí sem noção! Vai pra casa sonhar meu filho!

- Nossa, você é sempre assim brava?

- Só com imbecis!

È, minha teoria diz agora que homem adora ser esculachado, porque não é possível!

Pois é, eu acho que essas pessoas de Ubatuba tomam muito sol na careca! E, aviso, pode ser contagioso! Foi o caso quando eu fui fazer uma tatuagem de henna e no final, crente de que tinha ido de chinelo, calço umas havaianas pretas no pé e volto para minha cadeira, a uns 5 minutos dali. Só quando paro e olho noto que o chinelo é demasiado grande e velho para ser o meu. Incrédula e tendo um ataque de riso volto pra trás

- Desculpa moço, roubei seu chinelo sem querer!

Coisas da vida.

domingo, 22 de novembro de 2009

Cuidado com a rosquinha!

Cuidado com a rosquinha!


Um dos meus passatempos preferidos é ir no cinema. Não tem nada pra fazer? O calor aperta? Quer um ar condicionado gratuito? – nossa, que coisa de pobre - Vá no shopping e de quebra passe pelo cineminha e veja 2012. Minha prima disse que era chato, como eu não acreditei muito no gosto dela – que difere em muito do meu – fui assistir mesmo assim, e o resultado foi hilariante: muitas risadas e um donnuts gigante passando pela telinha quase esmagando o carro dos protagonistas. É, porque num terremoto você precisa sempre olhar pros lados, não vá ser atropelado por uma rosca gigante. E falando em olhar pros lados...eu já fui em muito cinema nesta minha vida, mas nada se comparou com a experiência de ontem quando duas garotas altas e loiras, falando numa língua que eu não consegui descobrir qual era, se sentaram confortavelmente ao meu lado e começaram a tirar coisas de suas grandes bolsas. Para meu espanto em primeiro lugar surgiu uma melancia cortada no meio, acompanhada por dois recipientes contendo não sei o quê – estava escuro – e uma grande tablete de chocolate. Ao longo do filme foram surgindo os diversos cheiros de comida – melancia, chocolate, queijo, sei lá – e eu ainda pensando em como alguém traz uma melancia pro cinema! Mas aqui está a prova que ser farofeiro não é coisa só de brasileiro. Será que a moda agora é pinique cinematográfico? Fikadik gente, levem um melão da próxima vez!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Maquinaria Festival SP 2009



Maquinaria Festival SP 2009



Mais vale tarde do que nunca...

E então chegamos ao grande dia, ou à véspera dele, fim de semana de 7, 8 de Novembro de 2009. Após tópicos e mais tópicos em comunidades do maquinaria - santo Orkut - com organizações de encontros para o dia em si e para hotéis na véspera, listas feitas pelo Morty, conversas no MSN, Samia perguntando pela minha família até a sétima geração – haha – eis que chegou o dia 7 de Novembro. E estávamos lá, uns com roupas comuns, outros com roupas mais góticas, no calor infernar de 34 graus. O primeiro momento aconteceu quando eu e o Andre nos deslocamos até a Galeria do Rock para encontrarmos o Morty e o amigo Márcio. Tudo bem que rolou um leve mal entendido – “Onde vocês estão?”, “Na frente da galeria na 24 de maio”, “Eita, nós também” – até descobrirmos que estávamos em galerias diferentes 30 minutos depois. Mas coisa básica de principiantes como eu e o Deh. Mas tudo certo. Claro que eu tive que entrar na galeria e ser tentada pelas mil e uma coisas lá de dentro, ser atendida por um vampiro e um gay em látex e experimentar os vários corpetes e corseletes mas acabando mesmo por comprar um shortinho (!).

Infelizmente (ou felizmente?) eu não estava lá na hora do bang bang – ou quase – ou seja, quando o segurança (?) saiu apontando uma arma para um careca – sei lá, as historias divergem – teve quem testemunhou esse ato de violência, bem como a briga no ônibus de duas mulheres que fizeram desfile ao longo do trajeto entre tapas e não beijos. Mas tranqüilo, é São Paulo e a gente dá um desconto ao povinho estressado - alias, nunca vi povo mais nervoso no transito. Se eu fosse dramatica diria que pensei que ia morrer umas 10 vezes! A noite foi relax entre comer na padaria com o grupo de amigos e voltar pro hostel preparando para o grande dia seguinte: o do show dos Evanescence.


















-- ** --

7h da manha e todo mundo em pé com uma toalha na mão se dirigindo pro chuveiro. 8h da manha e eu enfiava um pedaço de pão na boca acompanhado de café com leite. 9h da manha e o Morty liga perguntando onde o nosso grupinho de 5 (eu, Deh, Jessica, Leandro e Andre japa) - que se hospedou no hostel Olah - estava.



Eram 9:25 e chegamos no ponto onde pegaríamos um ônibus lotado de gente pro show.
Sim, mais de 40 pessoas compareceram ao encontro. E lá fomos nós entre penteados simples aos mais elaborados, em êxtase – ou com um pouco de sono – até a Chácara do Jocker.

Das 11h as 14h foi o momento de ficar em pé na fila, ou sentar numa conversa na calçada sendo tentados por brochinhos, adesivos, panos e tudo mais pelos vendedores ambulantes. No meu caso também sendo abordada por uma mulher de uma agencia de modelos que ficou chocada com a minha idade de 22 e resolveu riscar a idade do papel dizendo que eu parecia ter 18. Obrigada moça!



















Finalmente alguns malucos começaram correndo – acho que um ate partiu o pé – só para chegar mais depressa na grade. Não vi a necessidade, alow, éramos vip! Tranquilamente e depois da desgraçada da mulher que estava revistando as mochilas ter deitado minha silicone de cabelo no lixo alegando ser pontuda (detalhe: era redonda. Óculos pra ela djá!) – quero so saber como é que eu ia machucar ou matar alguém com aquilo “Ei, você ai! Passa tudo porque eu estou armada com silicone!” – me dirigi com o Andre pra zona vip e ambos quase cochilamos na rede – sim, tinha redes! – depois dele ter matado o gostinho e tocado guitar hero.

Mais tarde após o merecido descanso na rede, e de eu ter tentado por diversão ver a Amy Lee e desistido na boa para me colocar na grade vip vendo Panic at The Disco – porque o vocalista tinha sua graça – esperando pelos Evans, eis que começou chovendo logo que escureceu. Tudo bem, quem se importa? Amy estava entrando no palco e o povo começou gritando. Chegara a hora! Gritei, cantei e não pulei porque estava cansada e porque o povo do meu lado parecia demasiado perplexo para sequer mover o braço, a não ser para erguer com uma câmera apontada pro palco.




17 musicas passaram correndo e nem parecia que das 21h fomos diretamente para as 23h num piscar de olhos. E wow, foi fantástico! Claro que sempre tem gente estressada por causa de palhetas e baquetas e quase rolou uma briga tensa por causa do pedacinho de pau. Mas básico também.

Mas entre a lama nos sapatos e a vontade de comer alguma coisa saímos da chácara comentando o espetáculo e sentando com as pernas e pés doloridos nas cadeiras do posto de gasolina, tendo a porta fechada da loja de conveniência bem no nosso nariz – affe. Depois de considerações e uma proposta de um taxista, pegamos o taxi em direção ao Terminal Tiete onde os 4 lugares disponíveis foram ocupados por 8 pessoas uma em cima das outras – eu incluída. Mas foi divertido, certo? Claro que eu tive mais pena do povo que ia em baixo... mas eles superaram.


Tiete, casa do pão de queijo, cadeiras e mais conversa ate eu e o Andre pensarmos que ate as 8h da manha seria impossível manter uma conversa decente ou dormir nas cadeiras azuis e nada confortáveis – bom, o André japa conseguiu! Como a aventura ainda não estava completa é claro que eu ainda tinha que experimentar um dos horríveis hotéis que costumam ficar na frente dos terminais das estações de ônibus para entrar na minha lista de coisas já feitas. E voilá! O chuveiro era uma coisa muito chique e incrível, uma espécie de dois em um porque bem do lado se localizava a privada. Saca só a utilidade! Não importa, pelo menos tínhamos algum exemplo de cama – bem desconfortável por sinal – mas que proporcionou boas horas de sono e nos fez pensar “Eu faria tudo de novo!”